Aula PREFC : Território, Territorialidade e Participação Social

Na aula do Programa de Residência em Enfermagem de Família e Comunidade (PREFC) ocorrida nesta quinta-feira, 25/05, no Auditório Barbara Starfield da OTICS Sede, foi realizada uma aula com as temáticas: Território e Territorialidade e Participação Social. A aula contou com a presença de Paulo Peiter (Fiocruz); Eblin Farage (UFF- Universidade Federal Fluminense) e Liliane Santos (Redes da Maré).

A participação social está intrinsecamente relacionada aos conceitos de território e territorialidade. O território, como espaço geográfico delimitado, influencia as dinâmicas sociais e culturais de uma determinada comunidade. A territorialidade, por sua vez, refere-se às práticas e relações estabelecidas pelos diferentes grupos sociais nesse território.

No contexto da saúde, a participação social ocorre quando a população é envolvida ativamente nas decisões e práticas relacionadas aos serviços de saúde em seu território. Isso implica em reconhecer o conhecimento e as experiências da comunidade como fundamentais para a construção de políticas e práticas mais adequadas e efetivas.

A participação social no território da atenção primária à saúde envolve estabelecer canais de diálogo e parceria entre os profissionais de saúde e a comunidade local. Essa interação permite identificar as necessidades de saúde específicas do território, assim como valorizar as práticas e recursos já existentes na comunidade.

Ao promover a participação social no território, os profissionais de saúde fortalecem a territorialidade, estabelecendo vínculos mais próximos e sustentáveis com a comunidade. Isso contribui para a construção de uma rede de cuidado e apoio mais integrada, baseada no conhecimento e nas necessidades reais da população.

Em resumo, a participação social no território e a fortalecimento da territorialidade na atenção primária à saúde caminham juntos. Ambos os conceitos valorizam o conhecimento e a participação ativa da população, reconhecendo sua importância na construção de um sistema de saúde mais inclusivo, contextualizado e responsivo às necessidades da comunidade. Essa abordagem promove uma visão mais integral da saúde, considerando não apenas os aspectos clínicos, mas também os sociais, culturais e ambientais que influenciam o bem-estar da população.