O Programa de Residência de Enfermagem de Família e Comunidade (PREFC) promoveu na última quinta-feira, 23/06, no Teatro de Copacabana, Baden Powel, o ‘I Simpósio Internacional de Práticas Avançadas e Colaborativas em Enfermagem na Atenção Primária Carioca’ que contou com a condução de Aline Gonçalves, Assessora Técnica da Superintendência de Atenção Primária (SAP) e participação de Rodrigo Prado, Secretário de Saúde do município do Rio de Janeiro, Ana Luiza Caldas, Subsecretária de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde (SUBPAV), Renato Cony, Superintendente de Atenção Primária (SAP), Jacqueline Carvalho, coordenadora do PREFC, Luciana Oliveira, Enfermeira, Especialista em Obstetrícia e Gerente da Clínica da Família Nildo Aguiar, Rogério Bittencourt, vice-diretor da Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade, Kerstin Hamel, Professora Doutora e Enfermeira da Universidade de Bielefeld na Alemanha e como tradutora Ligia Giovanella, pesquisadora sênior da ENSP/Fiocruz, dentre diversos profissionais de saúde na platéia.
A discussão sobre enfermeiros de práticas avançadas no Brasil iniciou em 2013 pela Organização Panamericana de Saúde. A organização traz como objetivo aumentar o acesso da população à Atenção Primária em Saúde e traz também como proposta qualificar esses serviços e também os enfermeiros. A pós-graduação na modalidade de residência promove competências desse enfermeiro e, também, padrões de práticas em serviço. Dessa forma, a coordenação do programa de residência pensa em metodologias ativas, baseadas em competências, habilidades e atitudes para serem desenvolvidas com esses residentes, e também treinamentos em serviços, como é o caso, por exemplo, da auriculoterapia, que é utilizada em usuários que pretendem cessar o tabagismo, usuários com dores crônicas, temos também a colocação de botas de Unna e aplicação de PPD.
Recentemente, em 2022, tivemos a resolução pelo Conselho Nacional de Enfermagem (COFEN), que prevê a habilitação da inserção do dispositivo intrauterino por enfermeiros. Dessa forma, a gente espera aumentar o acesso dessas mulheres aos métodos contraceptivos, bem como a redução da mortalidade materna. O programa também conta com grupos de trabalho que são compostos por enfermeiros preceptores. Estes grupos fazem revisões de literatura, produzem cientificamente e têm trabalhado em parceria com as áreas técnicas da Secretaria Municipal de Saúde. Com isso, temos conseguido fazer revisões de protocolos, de guias rápidos, apoiando na elaboração de ofícios e notas técnicas, como, por exemplo, o Manual de Regulação. Com isso, o programa tem o propósito de treinar e dar habilitação desses enfermeiros, e também produzir cientificamente materiais para a rede. A prática colaborativa visa o cuidado qualificado, interprofissional e compartilhado, considerando o usuário, a família e a comunidade, de forma de trabalhar com o usuário, colocando ele como elemento central.
“O simpósio teve como objetivo introduzir esses temas na APS do Rio de Janeiro. Participar da organização e condução do evento ao lado da Superintendência de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde é, para nós, motivo de orgulho. Poder democratizar essa discussão com os enfermeiros da rede de atenção primária do município do Rio de Janeiro, mostra que uma enfermagem forte se faz a partir do diálogo com nossos pares e sobretudo com o reconhecimento das práticas já realizadas por esses enfermeiros da APS carioca. Dessa forma, esperamos que a rede esteja apta a trabalhar com o usuário de modo integral e resolutivo, e que os profissionais trabalhem de modo colaborativo e estejam cada vez mais qualificados no SUS e para o SUS”. Ressaltou Jacqueline Carvalho, coordenadora do PREFC.
Para assistir a transmissão do evento acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=OyHH4wAPptw&t=353s